O Fardo Silencioso: Um Guia para os Sintomas de Ansiedade Social
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A ansiedade social é mais do que o nervosismo ocasional antes de um discurso público ou uma sensação fugaz de desconforto em uma sala lotada.
É um medo profundo e, às vezes, avassalador de ser julgado, avaliado negativamente ou rejeitado em situações sociais ou de desempenho.
Embora muitos reconheçam os sinais típicos, como evitar o contato visual ou o medo de falar em público, o espectro de sintomas é amplo e variado.
Neste artigo, destacamos as manifestações da ansiedade social, tanto as mais conhecidas quanto as menos conhecidas, para oferecer um entendimento abrangente para quem sofre e para aqueles que querem saber mais.
Para ajudá-lo a se orientar neste guia abrangente, você encontrará uma visão geral no índice abaixo. Você pode clicar em cada categoria para ir diretamente aos tópicos que mais lhe interessam e ter a melhor experiência de leitura.
A ansiedade social é um problema complexo que se manifesta de maneiras diferentes em pessoas diferentes. Enquanto algumas lutam com uma ampla gama de sintomas, outras apresentam apenas alguns.
A seguir, você verá mais detalhadamente alguns dos sintomas mais comuns:
Medo constante de ser julgado
No centro da ansiedade social está o medo constante de ser julgado ou avaliado negativamente.
Essa não é uma preocupação passageira, mas um medo profundo que pode ofuscar as atividades cotidianas.
Isso faz com que as pessoas que sofrem desse problema questionem constantemente suas ações, palavras e até mesmo pensamentos, perguntando-se como podem ser percebidas pelos outros.
Esse medo pode ser tão avassalador que as pessoas evitam, ou evitam completamente, situações em que acreditam que estão sendo examinadas.
Evitação de situações sociais
Para muitas pessoas com ansiedade social, o mundo pode parecer um palco no qual elas estão constantemente sob os holofotes.
Esse sentimento intenso geralmente as leva a evitar situações em que possam ser o centro das atenções ou em que possam enfrentar críticas ou julgamentos.
Esse comportamento de evitação não se limita a grandes reuniões; até mesmo situações menores, como uma cafeteria ou uma sala de reuniões, podem se tornar uma fonte de angústia.
A evitação geralmente decorre de um desejo de escapar de uma possível vergonha ou julgamento, mesmo que essas consequências sejam improváveis.
Preocupação intensa antes das atividades sociais
Na ansiedade social, a antecipação pode ser um grande fardo. Só de pensar em um evento social que está por vir, você pode desencadear dias ou até semanas de ansiedade e preocupação.
Isso geralmente leva a distúrbios do sono, pensamentos obsessivos sobre possíveis cenários e sintomas físicos, como problemas estomacais.
A ansiedade não se refere apenas ao evento em si, mas também a como você será visto, o que dirá e como reagirá.
Processamento pós-evento (“ruminação”)
A reflexão após um evento é natural, mas na ansiedade social essa reflexão pode se degenerar em uma ruminação intensa e muitas vezes negativa.
As pessoas afetadas podem analisar cada palavra que disseram, cada reação que notaram e cada gesto que fizeram, procurando erros ou constrangimentos percebidos.
Essa análise retrospectiva pode ampliar até mesmo as menores interações e provocar sentimentos intensos de inadequação, vergonha ou arrependimento.
Sintomas físicos de ansiedade
Os sintomas físicos não são incomuns na ansiedade social. Sintomas como rubor, sudorese, tremores ou batimentos cardíacos acelerados não são apenas desagradáveis, mas podem provocar mais ansiedade.
Por exemplo, a ansiedade não se refere apenas ao suor, mas também à preocupação de que alguém possa perceber e julgar o suor (Schneier et al., 2012).
Esse nível adicional de meta-ansiedade pode exacerbar os sintomas físicos, criando um ciclo de feedback de angústia.
Dificuldades com o contato visual
O contato visual é um aspecto fundamental da comunicação humana e sinaliza atenção, interesse e confiança. No entanto, quando você sofre de ansiedade social, manter o contato visual pode ser um desafio assustador.
Olhar alguém nos olhos pode parecer muito vulnerável, como se você estivesse sendo examinado diretamente.
Essa evitação geralmente se deve ao medo de ser visto como inadequado ou julgado por suas reações.
Como mostra um estudo de (Schneier et al., 2011), evitar o contato visual é um sintoma importante da ansiedade social e muitas vezes leva à percepção de isolamento social.
Alta sensibilidade a críticas
Comentários, mesmo que construtivos, podem ser muito ameaçadores para pessoas com ansiedade social. Elas geralmente percebem as críticas, mesmo que leves, como um ataque direto à sua autoestima.
Essa sensibilidade elevada pode levar a reações defensivas, maior afastamento de situações sociais ou até mesmo evitar ambientes em que esse feedback seja possível.
O medo subjacente é que qualquer crítica confirme suas inadequações percebidas e reforce sua autoimagem negativa.
Dificuldades com conversas
Com a ansiedade social, o envolvimento em uma conversa casual pode se tornar uma fonte de ansiedade. Iniciar uma conversa pode estar associado à preocupação de dizer a coisa “errada” ou de ser visto como chato.
Mesmo que a conversa já tenha começado, muitas vezes há o medo de um silêncio constrangedor, de dizer algo embaraçoso ou de não conseguir manter o interesse da outra pessoa.
Essa introspecção constante pode tornar as conversas tranquilas difíceis e cansativas.
Baixa autoestima e sentimentos de inadequação
A sensação de não ser “bom o suficiente” geralmente domina os pensamentos das pessoas com ansiedade social.
Não se trata apenas de comparação com os outros, mas de um sentimento de inadequação.
Mesmo que não seja julgado externamente, você pode se julgar com muita severidade, o que leva a uma autoimagem negativa.
Essa baixa autoestima pode exacerbar o comportamento de evitação, pois as pessoas que sofrem desse problema sentem que têm pouco a oferecer em situações sociais.
Medo de vergonha ou humilhação
Com a ansiedade social, o mundo pode parecer um campo minado de possíveis vergonhas.
Há uma preocupação constante de cometer uma gafe social, seja derramando uma bebida, tropeçando ou pronunciando uma palavra de forma errada.
Esse medo geralmente é exacerbado pela crença de que o erro será exagerado e, como consequência, você será ridicularizado ou condenado.
Dificuldade em ser assertivo
Assertividade é a capacidade de expressar seus sentimentos, opiniões e necessidades de forma direta, honesta e apropriada.
Entretanto, com a ansiedade social, ser assertivo muitas vezes parece um desafio intransponível. O medo de possíveis conflitos, reações negativas ou julgamentos muitas vezes impede as pessoas que sofrem com isso.
Muitas vezes, eles concordam com os outros, mesmo que tenham uma opinião diferente, apenas para evitar confrontos ou para se encaixar.
Essa falta de assertividade pode levar a sentimentos de amargura ou reforçar a crença de que sua opinião não tem valor.
Recurso excessivo a comportamentos de segurança
Os comportamentos de segurança são ações ou estratégias sutis que as pessoas com ansiedade social usam para se proteger de ameaças percebidas.
Eles vão desde ensaiar mentalmente as conversas, evitar ser o centro das atenções e ter um plano de fuga ao participar de eventos sociais.
Embora esses comportamentos possam proporcionar alívio temporário, eles geralmente reforçam a crença de que as situações sociais são inerentemente ameaçadoras e, portanto, precisam ser protegidas.
Com o tempo, isso pode limitar o desenvolvimento pessoal e a oportunidade de aprender que muitas situações sociais não são tão ameaçadoras quanto parecem.
Embora muitas pessoas associem a ansiedade social a seus sintomas gerais, há algumas manifestações específicas com as quais algumas pessoas têm dificuldade especial.
Essas manifestações específicas podem não ser tão conhecidas, mas podem ser igualmente angustiantes para aqueles que as vivenciam.
É importante saber que algumas pessoas enfrentam apenas um ou alguns desses desafios específicos, enquanto outras lutam com uma gama mais ampla de sintomas de ansiedade social.
Reconhecer essas manifestações específicas é importante porque permite que você entenda melhor os desafios enfrentados por pessoas com ansiedade social.
Glossofobia e medo do palco: o medo de falar em público
Seja para fazer um discurso, apresentar um relatório ou se apresentar em um palco, a ansiedade de falar em público é uma manifestação comum da ansiedade social. Essa ansiedade pode ser dividida em dois tipos principais:
- Glossofobia (medo de falar em público): é um forte medo de falar na frente de outras pessoas. Não se limita a grandes públicos, mas também pode causar ansiedade em um grupo pequeno. Muitas pessoas com transtorno de ansiedade social generalizada sofrem de glossofobia, mas ela também afeta pessoas sem esse transtorno.
- Medo do palco: Embora tenha semelhanças com a glossofobia, o medo do palco vai além de falar. Ele inclui qualquer tipo de apresentação diante de um público, como atuar, cantar ou tocar um instrumento musical. A ansiedade geralmente é exacerbada quando o desempenho está sendo avaliado por um público potencialmente crítico.
Tanto a glossofobia quanto o medo do palco podem causar sintomas físicos, como tremores, sudorese, palpitações e até mesmo náuseas, que muitas vezes são sentidos como algo avassalador (Pull, 2012).
Geralmente, isso é causado pelo medo de uma avaliação negativa, de cometer erros na frente de outras pessoas ou de não atender às expectativas do público.
Eritrofobia: medo de corar
O rubor facial é uma resposta fisiológica natural que geralmente é acompanhada por sentimentos de vergonha.
Entretanto, quando esse sintoma vai além das normas socialmente aceitas, pode levar à eritrofobia, o medo de corar.
Esse fenômeno é especialmente prevalente em adolescentes, mas nem sempre diminui com a idade (Laederach-Hofmann et al., 2002).
Se você sofre de medo de corar, recomendamos que clique aqui para ler nosso artigo sobre esse fenômeno.
Hiperidrose: medo de suar excessivamente
A hiperidrose, ou suor excessivo, é um distúrbio que afeta muitas pessoas com ansiedade social.
O aumento da sudorese geralmente é percebido como uma possível causa para a visão crítica e reforça os sentimentos de ansiedade social (Davidson et al., 2002).
A causa exata, seja uma disfunção das glândulas sudoríparas ou o aumento da excitação emocional, ainda está sendo investigada.
Se quiser se aprofundar no medo da transpiração excessiva, você pode clicar aqui para ler nosso artigo relacionado.
Ansiedade de desempenho sexual
Intimamente relacionada ao medo do palco está a ansiedade do desempenho sexual, que resulta do medo de consequências negativas devido à percepção de um desempenho inadequado. Essa forma de ansiedade pode se manifestar de várias maneiras, tanto física quanto emocionalmente:
- Sintomas físicos:
- Disfunção erétil: nos homens, a ansiedade pode causar dificuldade para obter ou manter uma ereção.
- Ejaculação precoce ou retardada: nos homens, a ansiedade pode afetar o momento da ejaculação.
- Vaginismo: nas mulheres, a ansiedade pode causar espasmos musculares involuntários que impedem a penetração.
- Diminuição da libido: tanto os homens quanto as mulheres podem sentir uma diminuição do desejo de atividade sexual.
- Dificuldade para atingir o orgasmo: a ansiedade pode dificultar o clímax em ambos os sexos.
- Sintomas emocionais e comportamentais:
- Evitar a intimidade: temendo a falta de desempenho, os pacientes podem evitar completamente os encontros sexuais.
- Pensar demais durante a intimidade: A preocupação com o próprio desempenho pode impedir a participação total no momento.
- Baixa autoestima: a preocupação constante com o desempenho sexual pode minar a autoconfiança e a autoestima.
- Relacionamentos tensos: O estresse e a tensão causados pela ansiedade de desempenho podem levar a mal-entendidos e conflitos com seu parceiro.
Especialmente nos estágios iniciais de um relacionamento, o medo de não atender às expectativas do parceiro pode levar à ansiedade, que, por sua vez, pode afetar o desempenho sexual.
Com o passar do tempo, isso pode criar um ciclo vicioso no qual o medo de não ter um bom desempenho leva a problemas reais de desempenho, o que aumenta ainda mais a ansiedade (Rowland & van Lankveld, 2019).
A ansiedade no namoro refere-se ao nervosismo e à apreensão que uma pessoa pode sentir em relação a situações de namoro. A ansiedade heterossocial, por outro lado, refere-se à ansiedade sentida em situações sociais mistas.
Ela pode assumir a forma de nervosismo durante conversas informais, atividades em grupo ou até mesmo interações profissionais em que ambos os sexos estão presentes.
A ansiedade subjacente geralmente decorre de uma incompatibilidade entre o desejo de impressionar e o medo de não ser bem-sucedido (Glickman & La Greca, 2004).
Esses medos podem levar a comportamentos de evitação e limitar as interações sociais e os possíveis relacionamentos.
Parurese e parcopressia: síndrome da timidez da bexiga e do intestino
A parurese (timidez da bexiga) e a parcoprese (timidez do intestino) são distúrbios em que os portadores têm dificuldade para urinar ou defecar em banheiros públicos por medo de serem julgados criticamente (Prunas, 2013; Knowles & Skues, 2016).
Não é apenas o ato em si, mas também o medo de ser ouvido ou de demorar demais, o que pode levar à vergonha.
Esses medos podem ser tão fortes que algumas pessoas evitam completamente os banheiros públicos, causando desconforto físico e aumento da ansiedade.
Síndrome da referência olfativa: medo de emitir odores desagradáveis
As pessoas com essa síndrome estão convencidas de que emitem um odor desagradável, mesmo quando na realidade não há nenhum odor a ser percebido.
Essa crença pode levar a comportamentos como lavagem excessiva, mudança frequente de lugar ou evitação total de situações sociais.
A ansiedade geralmente é reforçada por comentários negativos de outras pessoas, mesmo que sejam imaginários ou mal interpretados (Pryse-Phillips, 1971; Begum & McKenna, 2011).
Com o tempo, isso pode levar ao isolamento social e ter um impacto significativo sobre a autoestima e a qualidade de vida.
Scopophobia: medo de ser encarado
A escopofobia, ou medo de ser encarado, é mais do que apenas sentir-se desconfortável ao ser encarado.
Para pessoas com esse medo, a sensação de estar sendo observado pode desencadear um forte senso de vulnerabilidade e exposição. Isso pode levar a um aumento da vigilância, em que cada olhar é percebido como um exame minucioso (Stanborough, 2020).
A ansiedade pode ser tão grande que as pessoas que sofrem desse transtorno evitam locais públicos ou reuniões sociais para não serem o centro das atenções.
As raízes evolucionárias sugerem que ser encarado é uma ameaça, o que leva ao aumento da ansiedade e ao desejo de fugir ou se esconder.
Bibliofobia: medo de ler na frente de um público.
A bibliofobia soa como medo de livros, mas refere-se especificamente ao medo de ler em voz alta na frente de outras pessoas.
Esse medo pode se originar de experiências passadas, como tropeçar em palavras ao ler em voz alta ou ser ridicularizado por cometer um erro.
A mera expectativa de ler em voz alta na frente de outras pessoas pode provocar sintomas como palpitações, tremores na voz ou até mesmo náuseas.
Você pode ter medo de pronunciar palavras incorretamente, esquecer versos ou simplesmente não corresponder às expectativas do público.
Se você sofre de bibliofobia, clique aqui para ler nosso artigo que descreve esse medo em detalhes.
Scriptofobia: medo de escrever em público
Scriptofobia é o medo associado à escrita na presença de outras pessoas. Ela pode se manifestar em várias situações, desde tomar notas durante uma reunião até preencher um formulário em um local público.
As pessoas que sofrem dessa ansiedade podem temer que os outros julguem sua caligrafia, o conteúdo de sua escrita ou até mesmo a velocidade com que escrevem.
Manifestações físicas, como tremor nas mãos, podem exacerbar a ansiedade e criar um ciclo de feedback que aumenta a ansiedade.
A ansiedade social se deve principalmente à possível avaliação negativa por parte dos espectadores. Não se trata apenas do ato de escrever, mas também do medo de ser julgado ou criticado por isso.
C. Mecanismos de enfrentamento e comportamentos de segurança
As pessoas com ansiedade social geralmente desenvolvem uma série de mecanismos de enfrentamento e comportamentos de segurança para controlar ou evitar a ansiedade.
Embora essas estratégias possam proporcionar alívio temporário, elas podem, inadvertidamente, reforçar a ansiedade e limitar as oportunidades de crescimento e experiências positivas.
Comportamentos de evitação e fuga
Muitas pessoas com ansiedade social usam estratégias para evitar totalmente as situações que provocam ansiedade ou para fugir delas quando estão nelas.
Isso pode ocorrer de várias formas, desde a recusa de compromissos sociais até o abandono antecipado de eventos.
Com o tempo, esses comportamentos podem limitar as experiências e oportunidades pessoais e aumentar o medo e a ansiedade associados à ansiedade social.
Comportamentos de segurança
Os comportamentos de segurança são ações que as pessoas tomam para reduzir a ansiedade em situações sociais, tentando evitar um resultado temido.
Entre os exemplos estão a prática de falar com antecedência ou o desenvolvimento de uma estratégia de fuga.
Embora esses comportamentos possam proporcionar alívio temporário, eles podem reforçar a crença de que a situação temida é realmente perigosa e perpetuar o ciclo do medo.
Uso de substâncias
Algumas pessoas com ansiedade social recorrem ao álcool ou às drogas para reduzir a ansiedade. Elas esperam que essas substâncias reduzam suas inibições e tornem as interações sociais mais suportáveis.
Entretanto, isso pode proporcionar apenas um alívio temporário e pode levar a outros problemas.
O uso excessivo de substâncias pode levar a problemas de dependência e, paradoxalmente, aumentar a ansiedade ao longo do tempo, especialmente durante a abstinência ou quando a substância não está disponível.
Preparação excessiva
Por medo de uma avaliação negativa, algumas pessoas se preparam excessivamente para eventos ou interações sociais.
Isso pode incluir escrever diálogos, praticar apresentações repetidas vezes ou até mesmo ensaiar interações simples, como pedir comida em um restaurante.
Embora a preparação possa ser benéfica, o planejamento excessivo pode se tornar uma muleta que leva você a sentir que não pode fazer nada sem ela.
Busca de aprovação externa
A busca constante de validação externa é um mecanismo de proteção comum. As pessoas afetadas costumam consultar amigos ou familiares e fazer perguntas como “Fiz tudo certo?” ou “Pareci estúpido?“.
Esse comportamento decorre de um medo arraigado de ser julgado negativamente e de um desejo de validação externa.
No entanto, com o tempo, ele pode minar a autoconfiança por depender da validação de outras pessoas.
Estratégias para evitar se destacar
Muitas pessoas com ansiedade social usam estratégias para evitar chamar a atenção para si mesmas.
Essas estratégias podem incluir o uso de cores neutras, evitar qualquer moda que possa ser considerada “espalhafatosa” ou “chamativa”, ou até mesmo mudar o comportamento para atrair menos atenção em ambientes sociais.
O objetivo é minimizar o potencial de avaliação negativa. Entretanto, essas estratégias podem limitar a autoexpressão e a individualidade, o que pode levar a sentimentos de invisibilidade ou perda de identidade.
Embora esses mecanismos de enfrentamento e comportamentos de segurança possam parecer estratégias eficazes, muitas vezes eles impedem que as pessoas enfrentem seus medos de frente.
Com o tempo, isso pode limitar o desenvolvimento pessoal e reforçar a crença de que as situações sociais são inerentemente ameaçadoras.
Reconhecer esses comportamentos é o primeiro passo para desafiá-los e, por fim, superá-los.
D. Recursos e apoio
Viver com ansiedade social pode ser desafiador, mas é importante que você saiba que há apoio disponível.
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E. Conclusão e leitura adicional
A ansiedade social é um distúrbio multifacetado que se manifesta de várias maneiras, desde sintomas comuns, como timidez excessiva, até medos menos comuns, como a escopofobia.
Reconhecer esses sintomas é o primeiro passo para você entender e gerenciar esse distúrbio.
Embora a jornada possa ser difícil, há muitos recursos e medidas de apoio para ajudar as pessoas afetadas em seu caminho de cura e crescimento.
Para aqueles que desejam se aprofundar no assunto, oferecemos vários artigos que fornecem uma visão geral abrangente:
- Causas da ansiedade social: explore os fatores subjacentes que contribuem para o desenvolvimento da ansiedade social, desde a genética até as influências ambientais, clicando aqui.
- Tipos de ansiedade social: saiba mais sobre as diferentes formas e subtipos de ansiedade social e obtenha uma visão mais detalhada da condição – clique aqui.
- Diagnóstico da ansiedade social: Saiba mais sobre os critérios de diagnóstico e o processo usado pelos profissionais de saúde para identificar e diagnosticar a ansiedade social clicando aqui.
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- Guia introdutório sobre ansiedade social: Nosso guia detalhado oferece uma visão geral da ansiedade social e ajuda você a entender suas complexidades – clique aqui para ler.
Se você já está familiarizado com os conceitos básicos de ansiedade social mencionados acima, também pode ir direto para o nosso guia completo sobre o tratamento da ansiedade social. Ele oferece uma visão geral muito abrangente do que você pode fazer para superar suas dificuldades. Você pode lê-lo clicando aqui.
Lembre-se: o conhecimento torna você forte. Quanto mais você souber sobre ansiedade social, melhor poderá encontrar os recursos, o apoio e as intervenções certas.
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Begum, M., & McKenna, P. J. (2011). Olfactory reference syndrome: a systematic review of the world literature. Psychological medicine, 41(3), 453–461. https://doi.org/10.1017/S0033291710001091
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Sobre o autor: Martin Stork
Martin é um psicólogo profissional com antecedentes em fisioterapia. Ele organizou e dirigiu vários grupos de apoio para pessoas com ansiedade social em Washington, DC e Buenos Aires, Argentina. Ele é o fundador de Conquer Social Anxiety Ltd, onde trabalha como escritor, terapeuta e diretor. Você pode clicar aqui para saber mais sobre Martin.